MOSTEIRO DO ELEFANTE

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

TEMPLO DE KUN IAN

SAMUT NAKHON - TEMPLO DE KUN IAN




Imagem da deusa Kun Ian


                                                          Entrada para o templo


  Fiéis orando, como é um mosteiro chinês, os pivetes a queimar, em oferta à deusa, são enormes.




Ofertas à deusa Kun Ian




No interior do mosteiro a imagem da deusa Kun Ian





Em Macau existe um velho mosteiro, sito na Avenida Coronel Mesquita, dedicado a esta deusa, e uma imagem esculpida por uma artista portuguesa, na zona da Nape.

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Após termos visitado este moteiro chinês, fomos visitar um mosteiro budista tailandês que fica mesmo defronte, mosteiro esse cujo nome é WAT CHOM LON e a Igreja Católica Santa Ana, que se encontra no mesmo local

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                   Para quem  não saiba quem é a deusa Kun Ian, aqui fica a explicação

Kuan Yin ou Guanyin (em chinês: 觀音; pinyin: Guānyīn; Wade-Giles: kuan-yin; em japonês: Kannon; em coreano: Gwan-eum; vietnamita: Quan Âm) é o bodisatva associado com a compaixão tal como é venerada pelos budistas da Ásia Oriental, geralmente na forma feminina.






O nome Guanyin e uma abreviação de Guanshiyin (觀世音; pinyin: Guānshìyīn; Wade-Giles: kuan-shih yin) que significa "Observar os Sons (ou Gritos) do Mundo".

Os fieis de origem chinesa geralmente aceitam que Guanyin se originou com o Avalokiteśvara (अवलोकितेश्वर) sânscrito, sua forma masculina.





Comumente conhecida nos idiomas ocidentais como Deusa da Misericórdia, Guanyin também é cultuada pelos taoístas chineses como um dos Oito Imortais; na mitologia taoísta, no entanto, possui histórias relacionadas à sua origem que não são relacionadas diretamente a Avalokiteśvara.

A misericórdia em diferentes culturas

No budismo chinês, Kuan Yin, Guan Yin ou Guānyīn 觀音representa a compaixão ou misericórdia de todos os Buddhas e tem sua simbologia advinda do bodhisattva Avalokiteshvara, em sânscrito Avalokiteśvara (अवलोकितेश्वर), divindade tradicionalmente masculina do budismo indiano, que dá origem a várias representações asiáticas, e que chega à China com o budismo no ano de 67, sincretizando-se com divindades femininas locais.

Kuan Yin está associada às características femininas da maternidade e proteção, na China ligadas milenarmente de modo bastante forte à misericórdia

Também no Japão a representação budista da misericórdia tem características femininas predominantes, sendo conhecida como Kannon Bosatsu観音菩薩.

No budismo tibetano recebe o nome Chenrezig, e, assim como Avalokiteśvara na Índia, tem características masculinas predominantes.

Nu-Kua ou Kuan yin

Há cerca de seis ou sete mil anos havia um mito universal de que todos os seres eram provenientes do útero de uma Mãe Cósmica; tal mito da criação universal teve lugar durante uma fase informe do mundo, aonde nada podia ainda ser identificado.

Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Nu Kua (China), Temut (Egito), Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) --este último foi o termo usado mais tarde pelos escritores bíblicos para Abismo.

As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole.

Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade.

Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" organizou, separou e definou os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa.

Os egípcios, nos hieroglifos, chamaram este coração de ab e os hebreus foram os primeiros a chamar de pai (ainda que masculinizassem, a idéia fundamental de família e continuidade da vida não era patriarcal).

O coração e o sangue definem um elo imanente a todos os seres que dele nasceram e uma idéia de coração oculto do universo que pulsa e mantém o ritmo de ciclos das estações, dos nascimentos, mortes, destinos. Este é o significado que está no Livro dos Mortos ou das Mutações. No mesmo sentido o livro chinês é denominado Livro das Mutações.

O nome chinês dado à Mãe Primordial e informe é Nu Kua, nome referido também entre os egípcios, gregos, mesopotâmicos e hindus. As referências a ela remontam há 2.500 a.C. e a imagem permanece venerada nas regiões setentrionais. Kuan Yin ou A Mulher é uma deusa dos casamentos e das mulheres em geral.

O corpo original do I Ching chama-se (Oito Trigramas) e os sessenta e quatro hexagramas são denominados por kua, derivado linguísitico de Mãe Primordial ou Nu Kua.

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                                                  Imagem da deusa Kun Ian em Macau



O Templo de Kun Iam Tong é um dos três maiores e mais ricos templos budistas de Macau e, originalmente, era chamado de “Pou Chai Sim Un” (Templo de Pou Chai).
 
É considerado como um dos templos mais antigos de Macau e foi fundado no séc. XIII para venerar a Kun Iam, a representação chinesa de Avalokiteshvara, o Bodhisattva da Misericórdia. Os edifícios actuais do templo foram construídos em 1627, facto comprovado por uma laje do pátio onde está escrito, em chinês: “Construído no sétimo mês do sétimo ano do reinado do Imperador Tian Qi”.
 
O Templo localiza-se na Avenida do Coronel Mesquita, na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, perto de Mong-Há e dos Templos de Kun Iam Tchai e de Seng Wong.

O templo possui um grande portão de entrada e telhados adornados com figuras de porcelana. Dentro do templo, existem 3 pavilhões principais ricamente decorados que são separados por 2 pátios. Estes pavilhões são dedicados, respectivamente, aos Três Budas Preciosos, ao Buda da Longevidade e a Kun Iam.

No terceiro pavilhão, a estátua de Kun Iam está vestida de seda bordada e decorada com uma coroa em franja, que é substituída anualmente. É acompanhada por 18 Budas de cada lado do altar. Atrás destes pavilhões existem jardins com terraços, e um deles contém um arco comemorativo. Para além do valor arquitectónico e artístico do templo, dada à sua rica decoração, ele guarda uma grande quantidade de documentos importantes e rolos de caligrafia e pintura chinesas de autores famosos como, por exemplo, Qu Dajun. Durante a Segunda Guerra Mundial, o pintor chinês Gao Jianfu viveu e ensinou no templo.

Foi precisamente numa mesa de pedra localizado num dos jardins do templo que foi assinado o primeiro tratado sinoamericano em 3 de Julho de 1844 pelo Vice-Rei de Cantão, Ki Jing, e o ministro Caleb Cushing dos E.U.A.. Este tratado é conhecido como o "Tratado Sino-Americano de Mong-Há". Perto da mesa, existem 4 árvores de idade avançada com ramos entrelaçados, mais conhecidas de "árvores dos amantes" e que simbolizam a fidelidade conjugal. Noutras partes do jardim existem um pequeno pavilhão que contém uma estátua de mármore de um monge, várias fontes com a forma de paisagens chinesas em miniatura, tufos de bambú e pequenos nichos em honra de monges falecidos.

A festa de Kun Iam é celebrada no 19º dia do segundo, sexto, nono e décimo primeiro meses lunares.

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